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08 julho, 2014

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Intoxicação: Definição, Causas, Tipos, Sintomas, Diagnóstico, Tratamento, Antídotos, Prevenção

A Toxicologia clinica designa-se como um ramo de toxicologia que se dedica ao estudo dos efeitos tóxicos dos fármacos com o objectivo de tratar, modificar e melhorar ou prevenir os estados de doença causados pelos mesmos.

Numa definição mais ampla inclui-se não só os fármacos, mas também outros produtos químicos utilizados sem fins terapêuticos, tais como a exposição a componentes ambientais (metais) uso de drogas resultantes de comportamentos sociais como drogas ilícitas/de abuso e álcool, subprodutos utilizados no desenvolvimento industrial (gases, hidrocarbonetos e radiação) ou produtos resultantes dos avanços tecnológicos urbanos, suburbanos ou agrícolas (pesticidas), estes embora não sejam classificados como fármacos encontram-se associados a sinais e sintomas reconhecidos e característico de determinadas intoxicações.

O aparecimento e a referência de envenenamentos e venenos são muito antigos, a primeira referência do aparecimento de antidoto aparecem descritas em Odisseia e Shastras ambas são clássicas referencias que datam de 600 a.C. Esta descrito um antidoto específico na Odisseia de Homero “ um inibidor de colinesterases”, que actuava na reversão dos efeitos anticolinérgicos da planta Datura Stramonium. Também Galeno (entre 129 e 200 anos a.C) escreveu 3 livros, onde descreve o desenvolvimento do antidoto universal “ Teriaga ou Alexipharmic”,composto por 36 ingredientes. O mesmo foi desenvolvido e aumentado o seu número de ingredientes para 73. Este encontra-se descrito acerca de 2000 anos.
 
Relativamente à prevenção da absorção intestinal do toxico, as primeiras referências, foram publicadas por Nicander, muito tempo antes das referências da utilização do xarope de ipecacuanha para a indução do vómito por William Piso em 1600. A utilização actual do carvão activado, em inúmeras intoxicações, remonta à época das civilizações romanas e gregas, as propriedades do mesmo foram demonstradas em 1800 por French, este comprovou uma redução da mortalidade quando o mesmo era ingerido e associado a doses potencialmente letais de estricnina e tioxido de arsenio.
 
A Toxicologia clinica e os centros de controlo de venenos evoluíram em paralelo, nos anos 40 alguns países Europeus criaram unidades para o tratamento de utentes envenenados. No início dos anos 50 nos EUA, Louis Gdalman e Edward Press recolheram informações toxicológicas de mais de 9000 produtos e conjuntamente criaram o primeiro centro de controlo de venenos sediado em Chicago. Esta unidade prestava informações telefónicas aos profissionais de saúde e simultaneamente recolhia dados relativamente às intoxicações atendidas.

Em Portugal, o médico Filipe Vaz em 1963 fundou um serviço privado, o SOS centro informativo de intoxicações, que mais tarde forneceu toda a informação ao Instituto Nacional de Emergência Medica (INEM), este instituto criou a 16 de Junho de 1982 o Centro de Informação Antivenenos (CIAV). Actualmente o CIAV consiste num serviço de atendimento ao publico e aos profissionais de saúde, visando uma eficaz e correcta abordagem das vitimas de intoxicação.

Intoxicações

Os agentes tóxicos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, com efeitos nocivos no ser humano. As toxinas entram no organismo por ingestão, inalação, injecção, exposição ocular ou contacto cutâneo.
 
A quantidade de toxinas necessária para produzir sintomas varia consideravelmente em função das substâncias. A exposição pode ser acidental ou voluntaria, e pode estar relacionada com actividade recreativa ou profissional.

O tratamento do doente com intoxicação implica suporte respiratório e hemodinâmico continuado, avaliação detalhada do potencial de toxicose, intervenções no sentido de reduzir a absorção de toxinas e promover a excreção, e terapia específica para a substancia em questão.

Avaliação do doente

Determinar com precisão o agente, ou agentes, envolvido numa situação toxicológica urgente pode revelar-se numa tarefa complexa, devido às inúmeras substancias toxicas.

Os sintomas da exposição a tóxicos podem ser subtis ou drásticos, e variam grandemente consoante o agente causador, a dose e a extensão da exposição. As toxinas podem afectar todos os tecidos do organismo, pelo que os seus efeitos são visíveis em qualquer sistema do organismo.

Examinar o doente atentamente e obter a sua história detalhada, tanto da família ou dos cuidados pré-hospitalares.

Potenciais Efeitos Sistémicos de Substâncias Tóxicas          

  • Sistemas e Efeitos Potenciais      
    • Neurológico
      • Nível de consciência alterado, resposta pupilar anómala, euforia, depressão, confusão, coma, alucinações, agitação, agressividade, convulsões.       
    • Pulmonar   
      • Hiperventilação, desequilíbrio acido-base.        
    • Cardiovascular
      • Taquicardia, bradicardia, disritmias, anomalias de condução, débito cardíaco diminuído, contractilidade alterada e pressão arterial instável.       
    • Gastrointestinal
      • Náuseas, vómitos, diarreia, função hepática anómala e coagulopatias.       
    • Renal/Geniturinário
      • Insuficiência renal e desequilíbrios electrolíticos.

Informações essenciais na avaliação da exposição a tóxicos          

  • Item e Descrição      
    • Substância
      • Confirmar/ verificar o fármaco envolvido. A família pode afirmar que o doente ingeriu acetaminofeno quando na realidade ele ingeriu salicilatos. Questionar a família acerca da medicação habitual do utente.      
    • Tempo de exposição
      • O espaço de tempo decorrido desde a exposição determina os sintomas e o tipo de tratamento.       
    • Aguda ou crónica
      • As exposições agudas apresentam sintomas diferentes, e são tratadas de maneira diferente das exposições cronicas.        
    • Quantidade de toxinas
      • Determinar a quantidade máxima possível, contabilizar os comprimidos que se encontram no frasco e confirmar a data de prescrição da receita.       
    • Sinais e sintomas
      • Avaliar quais os sintomas em todos os sistemas. As toxinas podem afectar qualquer tecido do organismo.       
    • Tratamento anterior
      • Avaliar quais as intervenções por parte de leigos e profissionais de cuidados pré hospitalares. Alguns remédios caseiros podem ser nocivos.       
    • Intencional ou acidental
      • A intoxicação é uma forma de suicídio ou de tentativa do mesmo, muito comum. Inquirir acerca de antecedentes de tentativas de suicídio, ou se existem antecedentes de depressão ou problemas de saúde mental. O homicídio pode envolver intoxicação.      

Intervenção Geral

A estabilização das vias aéreas, da respiração e da circulação é a primeira prioridade dos cuidados a prestar à pessoa que apresenta urgência toxicológica. Proteger as vias aéreas, certificar-se de que a oxigenação e a ventilação são adequadas, e proporcionar suporte do sistema cardiovascular, ao mesmo tempo que evidenciam-se esforços no sentido de identificar a toxina específica envolvida.

As intervenções passam por medidas tao simples como posicionar o doente, administrar O2 suplementar e fluidos orais. Em exposições mais significativas poderá ser necessário entubação endotraqueal, ventilação mecânica e medicamentos vasoactivos.

Existem variações significativas no tratamento toxicológico, de acordo com a substancia em questão; porem, a necessidade de garantir a segurança do doente e de proporcionar apoio psicológico é comum a todas as urgências toxicológicas. Para além dos aspectos da segurança e do apoio psicológico, o tratamento centra-se:
  1. Redução da absorção de toxinas,
  2. Aumento da eliminação das substâncias,
  3. Intervenções específicas na presença da toxina.

Redução da absorção:

  • Via cutânea: 
    • Remover a roupa contaminada e proceder à lavagem da pele com água e sabão.
  • Via ocular: 
    • Lavar com soro fisiológico, ou água corrente durante 10 a 15 minutos, abrindo as pálpebras.
  • Via inalatória: 
    • Transportar o doente do local, remover as roupas contaminadas mantendo a vítima aquecida e administrar oxigénio.
  • Picada de animal:
    •  Imobilizar a zona atingida, desinfectar o local da picada e se viável aplicar gelo, à excepção da picada de peixe-aranha na qual deve ser aplicado localmente calor.
  • Via digestiva: 
    • Indução mecânica dos vómitos ou lavagem/aspiração gástrica, de forma a promover o esvaziamento gástrico (administração de carvão activado).

Aumento da eliminação

São realizadas técnicas que visam a aumentar a eliminação toxico pela excreção de urina como por exemplo: Nas intoxicações por salicilatos e diurese alcalina ou a remoção através de métodos dialítico exemplo pela hemodialise nas intoxicações por lítio, salicilatos, etileno glicol e metanol. A hemoperfusão é utilizada nas intoxicações por teofilina, carbamazepina e paraquato.

Antídotos

  • Anticolinérgicos: Fisiostigmina      
  • Atropina: Inibidores das Colinesterases      
  • Digibin (Anticorpos Anti-digoxina):  Digoxina      
  • Flumazenil: Benzodiazepinas      
  • Fomepizole: Etilenoglicol      
  • N-Acetilcisteína (NAC): Paracetamol      
  • Naloxona: Opiáceos      
  • Oxigénio: Monóxido de Carbono.    

Intervenções Específicas por Toxinas

Tóxico, Actuação/Tratamento      

Benzodiazepinas

  • Doses toxicas- variáveis em função da substancia (hipnóticos e ansiolíticos).
  • Efeitos- Coma, sonolência, hipotensão e depressão respiratória dependendo da dose e do tipo de substancia.     
  • Tratamento- Lavagem gástrica e carvão activado, se indicado. 
  • Antidoto- Flumazenil.      

Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, doxepina, imipramina e nortriptilina).

  • Doses toxicas – Ingestão de 10 a 20mg por kilo, pode determinar intoxicação grave. 
  • Efeitos – Midriase, rubor fácial, hipertermia, retenção urinária, diminuição da motilidade intestinal, ataxia, prostração, alucinações, convulsões, coma, rigidez muscular, taquicardia, disritmias ventriculares, bloqueios do ramo, alargamento QRS, aumento do QT, depressão respiratória.
  • Tratamento – Lavagem gástrica e carvão activado. Se alterações da condução cardíaca ou arritmias ventriculares (torsade de pointes), bicabornato de sódio para manutenção de Ph sanguíneo entre 7.45 e 7.55. Convulsão (diazepam). 
  • Nota: Intoxicações mistas (antidepressivos tricíclicos, benzodiazepinas deve evitar-se o flumazenil.     

Paraquato

  • Doses toxicas: Hérbicida em que a ingestão de 20ml de solução a 20% pode ser fatal. 
  • Efeitos: Cáustico para as membranas mucosas, náuseas, vómitos, Insuficiência hepática e renal nas primeiras 24 a 48H, evolução para fibrose pulmonar entre 12 a 15 dias após ingestão. Não tem absorção cutânea.
  • Tratamento:lavagem gástrica com carvão activado, NÃO administrar O2. 
  • Indicar para UCI: realização de hemoperfusão nas primeiras 2H.      

Inibidores das colinesterases

  • Doses toxicas: variáveis dependendo da substância em causa.
  • Carbamatos:inibidores reversíveis das acetilcolinesterases.
  • Organofosfatos: inibidores irreversíveis da acetilcolinesterases.
  • Efeitos: Muscurinicos - cialorreia, lacrimejo, sudorese, broncorreia, bradicardia e miose. Nicotinicos - Fasciculações, taquicardia e midríase. Após exposição a organofosforados, passados dias ou semanas pode surgir neuropatia periférica.
  •  Tratamento: 1) Segurança de toda a equipa de saúde (lavagem com água e sabão para evitar exposição); 2) ABCD; 3) Se convulsões (Dizepam); 4) Lavagem gástrica com carvão activado;
  • 5) Atropina:  
    • a. dose inicial: 2 mg (6 mg se risco de vida) EV;
    •  b. repetir cada 15 minutos, até atropinização;
    • c. sinais de atropinização: midríase, xerostomia, taquicardia, ausência de secreções à auscultação (principal sinal);
    • d. perfusão (frascos de 200 mg/100 mL): perfusão de 1 a 6 mg/h (ambiente hospitalar); 
  • 6. Obidoxima:    
    • a. apenas para as intoxicações por organofosforados (não carbamatos), reativa as colinesterases fosforiladas;
    • b. fármaco não disponivel na carga da VMER/SIV (ambiente hospitalar).      

Opiáceos:

  • Efeitos – Miose, depressão respiratória,
    depressão SNC, coma.
  • Tratamento – Suporte ventilatório.
  • Antídoto: Naloxona IM/EV, até reverter o quadro (max. 2,0 mg, SC, IM, endotraqueal, intranasal).      
Cocaína:
  • Efeitos – Fase inicial estimulação do SNC: agitação, alucinações, dor torácica,  taquicardia, palpitações, hipertensão.
  • Intoxicação grave: convulsões, hipertermia,  rabdomiólise, insuficiência renal, nos casos mais graves disritmias e colapso cardiovascular.    
  • Tratamento –Diazepam. Soros, monitorização ECG, suporte ventilatório conforme a clínica. 
  • Nota: Beta-bloqueantes puros estão contraindicados na intoxicação com cocaína.      

Anfetaminas

Ecstasy (Metilendioximetanfetamina); Ecstasy liquido(Y'-Hidroxibutirato); Speed (Metanfetamina); Ice (Metcatinona)].
  • Efeitos – Estimulantes do SNC. Taquicardia, hipertensão, palpitações, dor torácica, disritmias, hipertermia, sudorese, desidratação,  agitação, comportamento psicótico, convulsões,  coma, rabdomiólise, insuficiência renal. 
  • Tratamento – Lavagem gástrica e carvão ativado se indicado. Redução dos estímulos externos(ambiente calmo), agitação, convulsões: diazepam. Arrefecimento externo.      

Monoxido de carbono

  • Doses tóxicas – Diretamente dependente do  tempo de exposição e da concentração inalada. Afinidade para a hemoglobina cerca de 250  vezes superior à do oxigénio.
  • Efeitos – Sintomas em função da %  carboxihemoglobina no sangue:
    • 20-40% - náuseas, vómitos, cefaleias, confusão mental, diminuição da acuidade  visual;
    • 40-60% - ataxia, convulsões, taquipneia, EAP, hipotensão, taquicardia, alterações do ST, disritmias, cianose, acidose metabólica,  rabdomiólise.
    • 60% - coma, morte.
  • Tratamento – Antídoto: Oxigénio.
Tratamento sintomático e de suporte.
  • Nota: Indicação para oxigénio hiperbárico: coma, convulsões, défices neurológicos, disritmias, acidose metabólica grave ou persistente, gravidez.     
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Recomendações Gerais para uma Dieta Equilibrada e Dicas Simples para Combater e Prevenir a Obstipação

  • Fraccionar a dieta entre 5 e 6 refeições ao dia;
  • Variar os alimentos;
  • Mastigar devagar os alimentos;
  • Evitar ingerir líquidos durante as refeições, pois dificulta a digestão;
  • Respeitar os horários das refeições, evitar comer nos intervalos;
  • Não ficar mais de 3 horas sem se alimentar, durante o dia;
  • Aumentar a ingestão de fibras
  • Manter uma boa ingestão de líquidos (+ ou – 2L/por dia).

Dicas Simples para Combater e Prevenir a Obstipação

1.    Batido de Fibras

Segue abaixo a receita de um suco laxativo que pode ajudar bastante, devido seu alto teor de fibras. Preparo: misture tudo e bata no liquidificador.

Ingredientes:
  • 2 colheres de sopa de mamão picado,
  • 1 colher de sobremesa de ameixa preta (ameixas secas),
  • 1 colher de sopa de farelo de trigo,
  • 1 copo de sumo de laranja.

2.    Azeite

Óleo de oliva puro. Tomar uma colher de sopa em jejum de manhã.

3.    Farelo de trigo

Adicionar a mingaus, sopas, bolachas e pães caseiros, etc. Usar até 2 colheres de sopa por dia.

4.    Ameixa preta

Deixá-las de molho à noite e usá-las em jejum pela manhã.

5.    Sementes de mamão

Comer o mamão, engolir antes as sementes (2 a 3 colheres de sopa). Pode mastigá-las ou não. Pode também bater as sementes em batidos de fruta, adoçando levemente com mel.

6.    Sementes de linhaça

Deixá-las de molho durante a noite (1 colher de sopa em meio copo de água). De manhã, tomar o líquido amornado. As sementes poderão ser mastigadas ou batidas em liquidificador.

7.    Sene

Deixar as folhas de molho durante a noite (1 colher de sobremesa por xícara de água) e beber o líquido de manhã, frio ou amornado.
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Alimentos Laxantes (Diarreia) e Alimentos Obstipantes (Prisão de Ventre)

Alimentos Laxativos (ABUSAR com moderação)

  • Cereais integrais (gérmen ou farelo de trigo, centeio, aveia), milho, lentilha, grão-de-bico, feijão;
  • Frutas (laranja inteira, tangerina, uva, abacaxi, mamão, abacate, manga, pêssego, ameixa, caqui, figos, morangos, melão, melancia, maçã com casca, pêra, kiwi, frutas secas e cristalizadas;
  • Abóbora, Beringela, brócolos, favas, ervilhas, grão-de-bico, quiabo, vagem, milho, repolho, cenoura crua e folhas em geral: alface, couve, acelga, espinafre, agrião;
  • Produtos integrais: arroz, pão, macarrão e biscoitos;
  • Mingau de milho, mingau de aveia;
  • Açúcar mascavado, passas, nozes, amendoim, avelã, castanhas, chicória; leite, queijos gordurosos, soja.

Alimentos Obstipantes (EVITAR)

  • Bolacha de água e sal, Gelatina, Caju, Goiaba;
  • Maçã sem casca, pêra, maracujá, goiaba, caju, limão, lima, banana, sumos naturais sem casca, água de coco;
  • Vegetais cozidos: espinafre, escarola e acelga, cenoura, beterraba, batata, batata-doce e chuchu;
  • Farinha de mandioca e tapioca, maisena, creme de arroz;
  • Pão branco, torradas, mingau de tapioca e maisena, água de arroz;
  • Chás da entrecasca do coco e do broto da goiaba;
  • Biscoito refinado, bolacha de farinha refinada, clara de ovo;
  • Cevada, chá de camomila, farinhas refinadas, óleos vegetais refinados.
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Os 11 Principais Alimentos que Combatem a Obstipação

1.    Laranja

A maior quantidade das fibras da laranja está no seu interior e não apenas no seu sumo. Por isso, excluindo apenas a casca e os caroços, deve comer as laranjas inteiras.

2.    Abacaxi

É óptimo no combate à prisão de ventre. Isso porque contém bromelina, substância que "irrita" a mucosa intestinal, estimulando os movimentos peristálticos (contracções involuntárias que empurram as fezes pelos intestinos até sua expulsão).

3.    Água

A água é essencial na lubrificação dos intestinos. Aliás, sem ela as fibras não ficam humedecidas e podem inclusive piorar a prisão de ventre. Beber bastante líquidos (pelo menos 2 litros todos os dias) colabora para que o organismo tenha um bom funcionamento, o nosso corpo é constituído aproximadamente por 70% de água.

4.    Ameixa-preta

Esta fruta contém sorbitol, substância com efeito laxativo muito eficiente. Pode ser ingerida seca ou em calda.

5.    Cereais integrais

Aveia, arroz, pão e macarrão integrais, milho e outras sementes e grãos comestíveis possuem grande quantidade de fibras, que estimulam a actividade intestinal e, consequentemente, a evacuação.

6.    Farelo de trigo

As fibras do trigo aumentam e amolecem o bolo fecal. Farelos integrais, cereais integrais, grãos (trigo, aveia, milho), produtos integrais em geral

7.    Iogurte

O iogurte contém lactobacilos, microorganismos que mantêm e recuperam a flora intestinal.

8.    Maçã com casca

Esta fruta contém fibras solúveis que em contacto com água, aumentam a massa fecal e a tornam mais "macia", não se dissolvem na água nem são absorvidas pelo organismo, mas estimulam o peristaltismo. Os dois tipos são óptimos no combate à prisão de ventre.

9.    Papaia

A papaína, substância presente na sua composição, estimula a mucosa intestinal de maneira natural, facilitando os movimentos de expulsão das fezes.

10.    Pipoca

A pipoca é um alimento riquíssimo em fibras. E elas ajudam bastante na reeducação do trânsito intestinal, facilitando os movimentos peristálticos.

11.    Vegetais

Alface, agrião, brócolos, cenoura, couve, escarola, espinafre, rúcula. Todos esses vegetais contêm fibras que aumentam o volume das fezes. Por isso eles são itens obrigatórios no cardápio diário de quem sofre de prisão de ventre.
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02 julho, 2014

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Zometa (ácido zoledrónico): Indicações, Efeitos Secundários, Cuidados Especiais, Contra indicações e Precauções

Nome do Medicamento (genérico e comercial) /Grupo Farmacológico

Zometa (ácido zoledrónico)

Bifosfonatos

O ácido zoledrónico atua ligando-se ao osso e reduzindo a taxa de remodelação óssea.

Indicações para a Pessoa

Prevenir complicações ósseas, por ex: fracturas ósseas, em doentes adultos com metástases ósseas (propagação do cancro do local primário do cancro para os ossos).

Reduzir a quantidade de cálcio no sangue nos doentes adultos em que este está muito elevado devido a existência de um tumor. Os tumores podem acelerar a remodelação óssea a partir do osso. Esta doença é conhecida por hipercalcemia induzida por tumores (HIT).

Efeitos Secundários

  • Muito frequentes:
    • Valores baixos de fosfato no sangue.
  • Frequentes:
    • Danos graves nos rins serão determinados normalmente pelo médico com certos exames de sanguíneos específicos.
    • Valores baixos de cálcio no sangue.
    • Dor de cabeça e um síndrome tipo-gripe consistindo em febre, fadiga, fraqueza, sonolência, arrepios e dores ósseas, das articulações e/ou musculares. Na maioria dos casos não foi necessário qualquer tratamento específicos e os sintomas desapareceram em pouco tempo (umas horas ou um ou dois dias).
    • Reacções gastrintestinais tais como náuseas e vómitos, bem como perda de apetite.
    • Conjuntivite.
    • Valores baixos de glóbulos vermelhos (anemia).
  • Pouco frequentes:
    • Dor na boca, dentes e/ou maxilares, inflamação ou feridas no interior da boca, adormecimento ou sensação podem ser sinais de danos ósseos nos maxilares (osteonecrose).
    • Foi verificado batimento cardíaco irregular (fibrilhação auricular) em doentes em tratamento com ácido zoledrónico para a osteoporose. Presentemente não é claro se o ácido zoledrónico provoca este ritmo irregular mas deve comunicar ao seu médico se sentir estes sintomas após lhe ser administrado.
    • Reacções alérgicas graves, falta de ar, inchaço sobretudo na cara e na garganta.
    • Reacções de hipersensibilidade (alergia).
    • Pressão arterial baixa.
    •  Dor no peito.
    • Reacções na pele (vermelhidão e inchaço) no local de administração, erupção na pele, comichão.
    • Hipertensão arterial, dificuldade em respirar, tonturas, alterações do sono, formigueiro ou dormência nas mãos ou pés, diarreia.
    • Valores baixos de glóbulos brancos e plaquetas.
    • Valores baixos de magnésio e potássio no sangue.
    • Sonolência.
    • Lacrimejar, sensibilidade dos olhos à luz.
    • Súbito arrefecimento com desmaio, fraqueza ou colapso.
    • Dificuldade em respirar, com ruido ou tosse.
    • Urticária.
  • Raras:
    • Diminuição do ritmo dos batimentos cardíacos.
    • Confusão mental.
    • Pode ocorrer raramente fratura atípica do osso da coxa, especialmente em doentes em tratamento prolongado para a osteoporose.
    • Doença pulmonar intersticial (inflamação do tecido em redor dos alvéolos dos pulmões).
  • Muito raras:
    • Como consequência de valores de cálcio baixos: batimento irregular do coração (arritmia cardíaca, relacionada com hipocalcémia), convulsões, dormência e tetania (relacionada com hipocalcémia).
    • Desmaio devido a pressão arterial baixa.
    • Dores ósseas, das articulações e/ou musculares, ocasionalmente incapacitantes.
    • Vermelhidão dolorosa ou inchaço do olho.

Contra indicações:

  • Se estiver a amamentar;
  • Se tem alergia ao ácido zoledrónico, a outro bifosfonato (grupo de substâncias ao qual pertence o Zometa), ou a qualquer outro componente deste medicamento.

Advertências e precauções:

  • Se tem ou já teve problemas de rins;
  • Se teve ou tem dor, inchaço ou entorpecimento dos maxilares, sensação de maxilar pesado ou dentes a abanar;
  • Caso esteja a fazer tratamentos dentários ou vá ser submetido a cirurgia dentária, informe o seu médico.
Têm sido notificados níveis baixos de cálcio no sangue (hipocalcémia), por vezes provocando cãimbras musculares, pele seca, sensação de queimadura em doentes tratados com Zometa. Têm sido notificados batimento cardíaco irregular (arritmia cardíaca), convulsões, espasmos e contracções musculares (tetania) relacionados com hipocalcémia grave. Nalguns casos a hipocalcémia pode representar perigo de vida.
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Tramadol: Indicações, Efeitos Secundários, Cuidados Especiais, Contra indicações e Precauções

Nome do Medicamento (genérico e comercial) /Grupo Farmacológico

Tramadol
  • Sistema nervoso central
  • Analgésicos estupefacientes

Indicações para a Pessoa

Prevenção e tratamento da dor moderada ou severa, nomeadamente: Dor do pós-operatório, dor do trabalho de parto, dor do enfarte agudo ou do miocárdio, dor traumática e dor oncológica.

Efeitos Secundários

As reacções adversas mais frequentemente notificadas são náuseas e tonturas, as quais ocorrem em mais de 10% dos doentes.

Cuidados Especiais

O Tramadol não deve ser utilizado nas seguintes situações:
  • Doentes com hipersensibilidade conhecida ao Tramadol, ou a qualquer dos excipientes;
  • Intoxicação alcoólica aguda, intoxicação por analgésicos, hipnóticos, opiáceos ou fármacos psicotrópicos.
  • Doentes tratados com inibidores da monoamino oxidase ou que interromperam esta terapêutica há menos de 14 dias.
  • Doentes que sofram de epilepsia não controlada.
O tramadol não deve ser usado como um substituto nos doentes dependentes de opióides.

Modo de preparação:

Diluir num balão de soro fisiológico de 100ml.
(pode ser colocado no mesmo balão metoclopramida).
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Salbutamol: Indicações, Efeitos Secundários, Cuidados Especiais, Contra indicações e Precauções

Nome do Medicamento (genérico e comercial) /Grupo Farmacológico

(VENTILAN®), Salbutamol
  • Aparelho respiratório
  • Antiasmáticos e broncodilatadores
  • Agonista adrenérgico beta.

Indicações para a Pessoa

Controlo de rotina do broncospasmo crónico que não responde à terapêutica convencional.

Efeitos Secundários

Salbutamol para inalação por nebulização pode provocar um ligeiro tremor nos músculos esqueléticos, sendo normalmente as mãos as mais afectadas. Este efeito é comum a todos os estimulantes adrenérgicos beta.

Frequentemente têm sido referidas dores de cabeça.

Cuidados Especiais

O antídoto recomendado para uma sobredosagem com Salbutamol é Solução para inalação por nebulização é um ß-bloqueante cardioselectivo; no entanto, os beta-bloqueantes devam ser usados com precaução em doentes com história de broncospasmo.

Não utilize o Salbutamol para inalação por nebulização:

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) ao salbutamol ou a qualquer outro componente de Salbutamol Generis Solução para inalação por nebulização;
  • Para o controlo do parto prematuro;
  • Na ameaça de aborto no primeiro ou segundo trimestres da gravidez.
Foram referidos alguns casos de glaucoma agudo de ângulo fechado em doentes tratados com uma associação de salbutamol e brometo de ipratrópio inalados. Sendo assim uma associação de salbutamol com anticolinérgicos ambos nebulizados, deve ser usada com precaução. Os doentes devem ser aconselhados em relação à correcta administração e ser prevenidos de que não devem deixar a solução ou a nebulização entrar em contacto com os olhos.
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Paracetamol: Indicações, Efeitos Secundários, Cuidados Especiais, Contra indicações e Precauções

Nome do Medicamento (genérico e comercial) /Grupo Farmacológico

Paracetamol

Sistema Nervoso Central; Analgésicos e antipiréticos

Indicações para a Pessoa

Está indicado no tratamento sintomático de situações que requerem um analgésico e/ou antipirético, tais como:
  • Síndromes gripais ou outras hipertermias infecciosas;
  • Reacções hiperérgicas da vacinação;
  • Cefaleias;
  • Enxaquecas;
  • Odontalgias;
  • Otalgias;
  • Dismenorreia;
  • Dores traumáticas, musculares, articulares e osteoartrose;
  • Analgésicos antes e após intervenções cirúrgicas.

Efeitos Secundários

Efeito mais comum: Hipotensão se perfundir muito rápido.

Doenças do sangue e do sistema linfático
  • Muito raros: distúrbios da hematopoiese (trombocitopénia, leucopenia, casos isolados de agranulocitose, pancitopénia).
Doenças do sistema nervoso central
  • Frequentes: sonolência ligeira;
  • Pouco frequentes: vertigens, sonolência, nervosismo.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
  • Pouco frequentes: sensação de ardor faríngeo;
  • Muito raros em doentes predispostos: broncoespasmo (asma analgésica).

Doenças gastrointestinais:

  • Frequentes: náuseas, vómitos.
  • Pouco frequentes: diarreia, dor abdominal (incluindo cãibras e ardor), obstipação
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
  • Raro: eritema
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
  • Pouco frequentes: cefaleias, transpiração/sudação, hipotermia.
  • Muito raros: reacções alérgicas, reacções de hipersensibilidade exacerbadas ao paracetamol (edema de Quincke, dispneia, acessos de sudação, náuseas, queda da tensão arterial, até mesmo choque).
Apesar das falhas metodológicas, os dados clínicos/epidemiológicos parecem indicar que a administração a longo prazo de analgésicos pode causar nefropatia, incluindo necrose papilar.

Não utilize Paracetamol:

  • Se tem alergia ao paracetamol ou ao propacetamol (precursor do paracetamol administrado por via intravenosa) ou a qualquer outro ingrediente de Paracetamol;
  • Se sofre de doença hepática grave.

Tome especial cuidado com Paracetamol

  • Deverá prevenir o seu médico caso sofra de doença hepática ou renal, abuso de álcool, malnutrição ou desidratação.
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